é o bastante
e o mundo
desabrocha calores impensáveis
nas madrugadas frias dos nossos pesadelos
me dê dois cantos suaves
caídos dos olhos dos medos
e deixe nossas feridas dos tempos
rasgadas aos ventos
os medos velozes
dos furiosos corações cores palpitação
deslancham as tardes dos sonhos
até anoitecê-los
solitudes e indagações
o que será
que mora
entre o acontecimento
e o sentimento?
os ruídos das paredes da vida
sussurrando sensações perdidas
nos cômodos dos pensamentos
respondem com indagações
talvez o talvez
seja o certo