sexta-feira, 15 de julho de 2011

frutos colhendo


seria possível o mundo nos dar o impossível?
as orquídeas espalham cores na pele dos poros
e as possibilidades fazem cócegas
nessa nossa atmosfera que nos entranha e toca no toque

ai

a pele
que tal?

talvez esta ou aquela dúvida
fosse só questão de escolha
e os caminhos fossem os pés pisando certezas
mas aí
as verdades ficam latentes
urrando infinitas formas de ser, de estar, de fazer
e nossos corações ficariam entrelaçados na noite
fazendo caricaturas do teatro
onde nós próprios nos protagonizamos
e as portas infinitas
só se abririam caso pisássemos
em branco
rumo
ao
?

terça-feira, 5 de julho de 2011

criaturinhas vivas


procurando pelos barcos à deriva
perdidos nos mares inabitados
deste coração, que ora me cutuca

deitei a cabeça na mesa
e de meus olhos já não se podia prever mais nada
a cena era árdua,
vários erros, essas criaturinhas vivas, de feiura intensamente atraente,
sapateavam nos pratos de comida com desdém
fazendo troça do que tanto estarrecia

tem hora que o banquete do dia
somos nós mesmos
e nem nos damos conta

auto-antropofagia analítica na mesa
e nem lembraram de me convidar, esses eus...