segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

na cara dura


imagine só
alguém que procura
aflito
um chão
e de repente
cai

sábado, 19 de fevereiro de 2011

ação


um
grito
ou
apenas
um
sus
piro
no
in
verso
mudo

dentro ou fora
pulsar que
importa é o avesso

despudor
di vi no céu
da boca

poema
now frágil

pulso
pulo
pull
over

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

o dia em que as crianças dos bairros dançaram em praça pública apalpando possíveis futuros nem tão possíveis assim


peguei
minhas digestões
as abri em novas formas

nas praças das cidades em que nunca estive
para olhá-las, manuseá-las

mas o que queria mesmo
era o simples pegar
sentir algo
sujar as mãos
criança se lambuzando de manga

tato universal me abrindo pro mundo
descobrir-se viscoso

todos os alimentos, gestos, hesitações,
os sonhos, os monstros,
e outros tantos enfins
se alinharam contagiados


aspiravam doces encontros,

algumas resoluções
e outras várias reticências

deu canja

quantos sons ali nesses gramados

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Nao queria colocar titulo, posso?

As vezes sinto coisas legais dentro de mim.
O que vem vai. O que vai também vem.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

o apelo silencioso e a sede


tenho vários poemas
silenciosos

eles se deixam habitar
em leves
ruídos
nuances despercebidas
aqui ali em mim fora de dentro de si
atrás em eu e nós

por perto

vivendo os entornos
em pleno descompromisso poético

escapam das palavras
ditas
recheiam a garganta
de sede


os bebo
até a sede
se aumentar