segunda-feira, 2 de junho de 2008

nada

Acabei de presenciar algo dantesco,
todos os meus poros abertos,
atingidos por uma onda de mar,
o sal e o mar, resseca, é verde.

diante da obscuridade de nossa existência,
muito podemos indagar,
nada há de obviedade nos fenômenos,
e nem padrão há na razão,
aquela razão que não tem chão.

Vivendo em acaso
e pela imprevisibilidade dos fatos futuros,
prentedemos entender e visualisar,
aquilo que não há nem em pensamento:
pretensão analítica supostamente lógica diante de uma previsão irreal.

Se o que vem e o que o foi, não é e foi, respectivamente,
então nos resta ser. Ser junto -nem sob nem sobre - diante do que é ao mesmo tempo.

Junto do fato vem sofrimento,
Diante de mim não deve haver guerra.
Mas sabedoria para raciocinar vida
e destreza para conduzi-la.