terça-feira, 29 de dezembro de 2009
o prazer e o pacto nas chuvas
se um dia o mundo imaginar
que corpo é porta pra vida
lembre-o que tudo alucina
tudo vacila ao olhar pra cima
o céu nunca foi ponte nem chave
sempre foi verbo
e verbo não se conjuga com o olhar
e sim com toque simbiose
de poros em transe
por isso corpo transmuta pactos
o corpo nunca é
tampouco está
o corpo se pactua com tudo que resvala afeto
e o verbo céu
é total figura fundo
para o suor de nuvens
que transam tempestade
chova comigo
até que lampejo e gozo
sejam eletricidade de sons
e atravessem todas as vidas na cidade
alagando as ruas de qualquer estômago desatento
engendrando blecaute em olhares mancos
raiorgasmo pureza primal
corpos sempre pactuaram nuvens que transam chuva
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário