quinta-feira, 13 de maio de 2010

sol


crio atmosferas de vida
como quem tece nuvens
a espera de chuvas

não faço isso por vontade própria
meus dedos são asas
e nunca aceitaram pousar em algo
sem se deliciarem
com os dias
e os néctares de seus poros

os dias se arrebentam

e as janelas da noite
escancaram-se
para sóis
que nunca
desapontam

nossas cores

amarelas

tão cálidas
elas

já desenham
amor em sombras