sábado, 8 de maio de 2010

à vontade


caminho de esquiva
em meu terreno esquizo
só pra sacanear
meus monstros

olho-os
em cada olho

e subo

na esquina de todo coração
os postes de luz
palpitam cor de ferro

bons condutores de calor
e de um pouco de louvor:
fé que se esquenta é sempre verdade
e traz em si a potência da vontade

afinal,
com vontades não se brinca

e as bandeiras frementes
encostadas ansiosas
em meus pêlos
descem seus mastros

minha carne grita

a pele toda estendeu
seu forro de sonhos
no gramado de meus pensamentos

agora é a hora:
a dobra de minhas vontades
se desdobra em suaves afagos
em minha própria sombra confusa

sou por
não sou onde

2 comentários:

Paraisópolis | Geografia + Direito disse...

Sempre passo aqui e leio seus posts assim que os publica. Acho-os de uma vivacidade impessionante, de uma sensibilidade incrível.

através disse...

inspiração que me ultrapassa
caio em reverência:
ápice
extremo
fenômeno
impossível
o limite diz:
inqualificável
................
..................
....................