sábado, 21 de agosto de 2010

esse mundos


nos jardins imaginários
de nossas ansiosas mãos
que esperam por impensáveis dádivas
é que estão as verdades
desse mundo
e daquele outro
que só conhece
quem se deixa embriagar
pelo felpudo bailado das nuvens
vida cor e poesia

se permita ser azul pelas manhãs
amarelar-se sol no fim da tarde
e comungar o brilho noturno
com liberdade de mil aves
a migrar pras Pasárgadas de nossas sensações

aí esses jardins nos habitarão
e a liberdade força bruta
de ser corpo casa dos jardins do mundo
é de tamanha intensidade
que somente os céus, em silêncio,
poderão nos dizer

encantos
em cantos

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