segunda-feira, 27 de setembro de 2010

onde mora?


uma simples fricção
é o bastante
e o mundo
desabrocha calores impensáveis
nas madrugadas frias dos nossos pesadelos

me dê dois cantos suaves
caídos dos olhos dos medos
e deixe nossas feridas dos tempos
rasgadas aos ventos

os medos velozes
dos furiosos corações cores palpitação
deslancham as tardes dos sonhos
até anoitecê-los
solitudes e indagações

o que será
que mora
entre o acontecimento
e o sentimento?

os ruídos das paredes da vida
sussurrando sensações perdidas
nos cômodos dos pensamentos
respondem com indagações

talvez o talvez
seja o certo

2 comentários:

Maria Lala disse...

Tinha tempos que meus pés não pisavam aqui.
Quanta lindeza! menino poeta de mãos tortas.

Marla disse...

"Talvez o talvez seja o certo" - escuto a cada fim de dia em que não tive coragem de optar pelo duvidoso. Talvez o pote de ouro esteja no fim do talvez. Adorei, Dioguera. Saudações coloridas ;)