sábado, 7 de julho de 2012

poema pelado



é possível apreender um sobressalto?
é possível mijar na quina do horizonte?
e o canibalismo dos rincões atléticos de nossas pernas?
--------------------------------------------------------------------------------fluem?

o apito do trem passante pode mesmo salvar uma vida?
a neblina das irrequietas ilhas estomacais, mexem mexas na anestesia capilar?

(percurso zombeteiro afetivo envenenando a íris da palma da mão)

a garganta que emudece nossos pensares, já arrotou fedores hoje?
um coração excitado pode vomitar sangue no tapete vermelho?
há no mundo línguas genitais?

um chute vulgar desponta pelado no seio da palavra nudez: peitos.

vale lembrar,
antes de ser preso,
o poema havia saído pelado pelas ruas

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