terça-feira, 22 de abril de 2008
Sinta, fome de sentir.
Desconfiguração por angústia de falta de linguagem.
A comunicação entre pessoas não existe,
mas há tentativas.
E tanto se perde nessas tentativas
que a vontade de desistir é quase inevitável.
Aquele olhar
que mata,
é apenas uma gota do rio
que flui sem a direção
que a nascente quer.
Mas essa gota
se torna um verdadeiro oceano
salgado e profundo,
quando pinga
em tempestade
no telhado vizinho.
Aquela palavra (mal)dita
é uma singela migalha
do infinito livro sem palavras
que é o sentir do (in)consciente.
Migalha que dá fome.
Fome de quem diz,
fome de quem sente,
fome de ser sentido.
Fome de toda forma
de manifestações humanas.
E essas, são devoradas
na esperança de algum preenchimento
para um vazio que nem se sabe de que.
Devorar é preciso.
Devore.
Comunicar é tentar.
Tente.
Buscar o outro é imprescindível para matar a fome
de uma alma desnutrida.
Pois sem o outro,
não há poesia.
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4 comentários:
q isso hein?!
mto lindo!
=*
obrigado!!
;D
bejus!
hey natália^^!
desculpa a demora na resposta... é bom saber que alguém além de nós mesmos nos lê!
obrigado pelos comentários!
A comunicação não é para loucos. Os loucos se intercomunicam via cosmos. Diferente esse meio de comunicação. Porque lá não há plasma, nem papel. Lá está o rio, que flui, conforme o desejo das nascentes. Enquanto aqui, no plano terreno há a confusão, sofismas, tvs e asma. Por falta desse ar puro e da água fluida eu aclamo: sejamos todos loucos!
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