quinta-feira, 12 de março de 2009

Livre arbítrio

Começo a escrever isso aqui por causa um e-mail que recebi com a seguinte frase que seria do Dr. Drauzio Varella:

" No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para mulheres que na cura do Mal de Ahlzeimer. Daqui alguns anos teremos velhas de seios grandes e homens de pinto duro, mas que não lembrarão pra que servem"

Nessa linha de pensamento podemos constatar que outro problema do mundo atual é que se gasta mais com a cura de doenças do que com prevenção das mesmas. Quer dizer se tivéssemos saneamento básico e moradia para todos nós teríamos menos doenças (em número e variedade de) e assim os gastos em saúde seria menor. Não haveria de se investir milhões em remédios e a quantidade de hospitais e serviços médicos seriam acessíveis a todos. Com saúde gratuita os gastos familiares seriam conduzidos para outros fins como alimentação. Com boa alimentação cada vez menos se precisa de serviço de saúde. E com menos gastos em saúde melhos se investe em outras áreas. Essa mesma lógica vai para educação, moradia, entre outros direitos inalienáveis garantidos a todos nós.

Dá pra acreditar num sistema composto de pessoas que querem deixar as pessoas fracas e burras? Só nos resta pensar, por um outro sentido, que quem nos governa são pessoas fracas e burras. Mas o livre arbítrio existe e todos nós OPTAMOS por viver nesse sistema de burrices e fraquezas. A conclusão disso é que, de uma maneira geral, o que está por trás de todas as nossas relações e tudo que se relaciona com a civilização mundial são valores fracos e burros. Não há lógica mais ilógica que essa. Isso nos faz pensar se realmente existe livre-arbítrio. Se cada um de nós fizéssemos melhor uso desse livre arbítrio que carregamos com certeza viveríamos num lugar mais tranquilo. Tão bom seria que até engenharia seria prazeroso.

Um comentário:

Diogo Rezende disse...

"Quanta verdade SUPORTA, quante verdade OUSA um espírito? Cada vez mais tornou-se isto para mim a verdadeira medida de valor. Erro (a crença no ideal) não é cegueira, erro é covardia..."
- Nietschezinho no Ecce Homo

Esse ideal que ele fala, são justamente esses valores fracos e burros que vc falou...
Eu penso muito se de uma forma generalizada, ou seja, para todas a pessoas, esse livre arbítrio existe mesmo. Há vezes que chego a conclusão que não, que as pessoas estão realmente enquadradas, massificadas, fadadas a essa lógica de valores burros. Mas na maior parte das vezes eu concluo em concordância com o nietzsche que TODOS percebem que há algo errado em toda essa lógica moral que vivemos, e realmente penso que há um estado de covardia latente em nossa "civilização". Mas há sentido em ser esse "covarde" que o nietzsche fala. É extremamente difícil ser esse espírito livre, esse além-do-homem que ele propõe, quando tudo nos impele ao contrário.

cada vez tenho mais convicção que a revolução de começa de dentro.