segunda-feira, 20 de setembro de 2010

artesão


mascaro as árvores
dos meus sonhos insossos
para que a vida desses tempos em grãos
ganhem mais cores

meu pai me apresentou aos céus
como o artesão do caos e dos estrondos

se as máscaras dos anjos dos dias me caem demônios nas mãos,
escrevo em acordes pulsantes
o destino em cores desses filhos órfãos de pais vivos

o que me importa são os filhos de todas as eras
inventando agora as novas paixões do sangue

para eles
deixo meu sopro difuso
um pulo nos braços secretos das palavras
e um acorde sem respostas
indagando ao ar sobre as curvas da vida

saio com a maçaneta em mãos
talvez eu ache a porta

Um comentário:

Unknown disse...

nó diovin, isso foi tao forte;

muito bela as expressoes