o corpo
vive por sempre pedir
uma
alimentação aeróbica de excessos
por isso
quando vozes ocultas
cantam a arte do êxtase em coro veloz
abrace selvagem
e lancinante
todo contraponto de fertilidade torta
sinta o copular vibrante da saliva transgressora
quebre as canelas de um mundo oco
há no mundo um vácuo
há no corpo um sopro
há aí um motivo
e há sobretudo, revolucionária
dança
fome que perfila andanças
sangra na fonte muda
a lindeza do caos, a lindeza da
mudança
dançarina pairando no infinito
Um comentário:
às cutucadas poéticas
à dança, sobretudo
tim tim
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