domingo, 8 de maio de 2011

dançarina


o corpo
vive por sempre pedir
uma
alimentação aeróbica de excessos
por isso
quando vozes ocultas
cantam a arte do êxtase em coro veloz
abrace selvagem
e lancinante
todo contraponto de fertilidade torta

sinta o copular vibrante da saliva transgressora
quebre as canelas de um mundo oco

há no mundo um vácuo
há no corpo um sopro
há aí um motivo
e há sobretudo, revolucionária
dança

fome que perfila andanças
sangra na fonte muda
a lindeza do caos, a lindeza da
mudança

dançarina pairando no infinito

Um comentário:

Anônimo disse...

às cutucadas poéticas
à dança, sobretudo
tim tim