quinta-feira, 8 de maio de 2008

Resiliência



Engula.
À seco,
áspero,
com ardência,
sem líquido.
Antes, misture bem
e ponha fervor.
Perca a cabeça,
engula desenfreadamente.

Não há tempo para digerir,
remexa-se rapidamente
contorça-se até doer
tente digerir por conta própria
faça o possível,
mas não há possibilidade...
Desengula.

Agora cuspa
cuspa como aquele escarro
proveniente do mais profundo
espaço do pulmão.
Puxe tudo, visceralmente.
cuspa com força
direto ao chão,
e pise em cima.

Agora ande,
ande depressa.
Corra.
Corra com desespero
viva, respire, grite! Sorria?

Pois a vida,
não se digere
mas pode nos digerir,
e isso,
é morte.
Morte em vida.

3 comentários:

Anônimo disse...

bixo! anda ouvindo filomedusa? se não, ouve ae: www.myspace.com/filomedusa

impossivel não lembrar desses acreanos ao ler isso ai q tu escreveu.

agora, dá licensa, to indo pro show do macaco bong! HAHA

BEND NO CEREBRO!!!

Diogo Rezende disse...

nó cara, pior que a única vez q eu escutei foi na véspera do show quando vc me enviou esse link... vou escutar com mais atenção agora...

PS: macaco bong = choque no hipotálamo.

Karenina disse...

Já leu "A insustentável leveza do ser"?
Essa forma de ver a vida é muito deprimente. Acho que viver depende de como você adpta seus fardos à sua vida. Bom mesmo é degustar a vida com tudo o que ela tem de melhor p'ra oferecer, sabendo aproveitar, inclusive, os momentos de crise.
Fica bem