Deixo-me levar por uma grande palavra
que parece ser a contra-guia do espírito do tempo
não a vejo
não a toco
não é deus.
Somente a sinto como uma bela flor
que espanca.
Não me estranhe,
é possível sentir essa palavra
quando da vida se espera um vôo
que rasga cabeças para se fazer mostrar,
assim percebo que me fiz vivo
pois o outro me contempla
e acima de tudo me sente.
Na língua não vejo essa palavra
não é sonora nem tem cor.
Me vejo inerte
pois não há mais corpo
não há mais mundo
apenas há.
Ela não se traduzirá
mas caso o prazer da vida
venha da ácida contravenção
que escancara verdades inventadas,
deixe-se levar por essa palavra,
pois nosso caduco mundo
carece daquele vento
para uivar suas gélidas madrugadas
e estilhaçar suas vidraças.
Agora tenho cacos em minhas mãos.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
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2 comentários:
passanso para fazer uma visita e um elogio: muito bom, dioguera! ;)
Que experiência!
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