quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Infantil

Na ponta do dedo
uma bolha de sabão
que passou e ficou.

Não estourou,
se incorporou ao dedo
e virou eu.

Mas como toda bolha,
perdeu forças,
afroxou-se, parede fraca
tênue.


Estourei!

Ela alçou voo.

A criança riu fortemente
e continuou soprando,
voando delicadamente
com um brilho molhado,
despreocupado,
cheio de si.


Não sou mais criança,
estouro no ar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo! Lindo mesmo!
Sua alma é sensível Alucino...
Consigo ver suas cores. Cores virtuais bailando na tela de um computador.
Parabens pela dinâmica das suas palavras que formam frases sem sentido pra muitos, mas que encontram no meu eu significados que me fazem sorrir e ter certeza que a vida eh mais do que eu vejo nessa tela.
Obrigado por me fazer viajar nos meus sentidos e ter vontade de me embriagar (embriagar de doces sentimentos e de vinho barato).
Um abraço,
Luana