sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
salivação
a leveza
de uma tonelada
de vapor de chuva
pairando sobre minha cabeça
produzindo poesias silenciosas
é a solidão que estica exageros
até que a cabeça chova toda
paredes falam muito
às vezes até
caem
e não há telhado
que não deixe escapar
o silêncio do suspirar
a sós
na ponta da língua alguns rastros,
a saliva das lembranças recebeu um denso nome:
madrugada
intempestiva tempestade pela metade
solidão é sempre inteira pela metade
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