quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

o apelo silencioso e a sede


tenho vários poemas
silenciosos

eles se deixam habitar
em leves
ruídos
nuances despercebidas
aqui ali em mim fora de dentro de si
atrás em eu e nós

por perto

vivendo os entornos
em pleno descompromisso poético

escapam das palavras
ditas
recheiam a garganta
de sede


os bebo
até a sede
se aumentar

Um comentário:

Gabriela Maria disse...

um dia eu escrevi algo assim

guarda e vive
de maneira cumulativa
e silenciosamente verborrágica
toda poesia perdida
no calor da tua emoção


brigadão por tudo, diogo.
lindo poema, como sempre.

saudades.