assalto na vertigem do olho
o projétil voa certeiro
em direção ao alvo mirado
dois pássaras caem vivos
no horizonte
finitude às avessas
os alaridos do coração
ecoam na paisagem que se descongela
ante a janela aberta das sensações
utensílios urbanos
não nos servem mais
as janelas
esgarçam a carne vibrátil do tempo
transgressão dos ponteiros
nas torres das catedrais
que caem raios
nas calçadas
nossos padres não querem mais estar vivos
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