sexta-feira, 1 de junho de 2012

metrópole



as nuvens do céu
embolorando os corpos
dos animais sem face
que rastejavam nas calçadas
e
o teor de selvageria e unidade
do corpo coletivo
amálgama de bichos engravatados
se desfez
na acidez da chuva
que caía na metrópole

os bueiros ejaculam
divino lsd cósmico
na cabeça dos dias

cópula grupal abstrata

ninguém entendeu

Nenhum comentário: