sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Camaru na janela, miles no quarto

Como bois zebu aqueles ecos ressoam no meu nariz, não pelo fato dos sons serem nasais, mas pelo fato de serem bois, se viessem de humanos seriam muito mais auditivos. Essas praias que emitem brasas cinzas nas tardes dessas madrugadas são no mínimo inesperadas. Sons provenientes da exposição agropecuária fora da janela versus sons do Bitches Brew tentam ver qual seria mais invasivo, um fisicamente, outro transcendentalmente. Dois pesos e duas medidas. Deixo o surrealismo e o experimentalismo conversarem entre si e não meto minha colher. Em briga de sentidos sou mais colorido.

Agora percebo o porquê do trompete. Ele conversa fluentemente a língua que é de forma muito precisa, o tanto de síncope necessária para a fome do fluxo de sensibilidades. Não entendo bem a circunstância do momento em que escuto o jazz, mas fico muito sereno quando percebo que não é necessário entender, pois ele assume minha capacidade de sentir e me deixa a par da hermenêutica. Ele.

Um comentário:

Anônimo disse...

jazz, jezz, jizz, jozz, juzz...
resvalos... toques... impreviso..
indeciso.. firme... time... indivíduo... força.. JAZZ

que tal também: Dave Brubeck _ Time out

esse álbum é jazz(10)!